Os últimos tempos têm sido férteis em acontecimentos, decisões, movimentos, tomadas de posição e deliberações que há pouco tempo atrás não imaginávamos possíveis. Ainda que, no nosso íntimo, acreditássemos na mudança, não acreditávamos que se desenrolaria a este ritmo.
Os bancos da União Europeia sujeitos ao International Financial Reporting Standards (IFRS) tiveram de implementar o IFRS 9 a partir de 1 de janeiro de 2018. Uma das principais preocupações com a implementação do IFRS 9 é que este viesse a causar um aumento súbito das estimativas de perdas esperadas (Expected Credit Loss - ECL), o que provocaria uma descida abrupta e significativa dos rácios de capital regulamentares Common Equity Tier 1 (CET1) para muitos bancos da União Europeia.
Há uma magia simples na organização das etapas tecnológicas em algarismos seguidos de ponto zero. O ponto zero sinaliza a mudança e o recomeço. Essa álgebra simplificadora foi aplicada por Pier Luigi Sacco à evolução da cultura, na sua relação com a sociedade. Em abstrato, a cultura é individualista, asceta, e absolutamente espontânea. Mas, enquanto fenómeno também social, a cultura transforma a sociedade e, ao mesmo tempo, reflete as transformações da política, da economia, da técnica. Simplifiquemos, pois.
Trabalhar na área do património cultural nunca foi tão interessante ou relevante. O crescimento do setor, a dicotomia de expetativas de uma nova geração de visitantes, a alteração das características demográficas dos turistas, a necessidade de inovação no campo da interpretação e as correntes políticas que circundam este campo geraram um mercado sedento de gestores especializados no património cultural.
Não é novidade que as aplicações de data science estão cada vez mais integradas na vida das organizações e, consequentemente, na vida de todos nós. Desde os aspetos mais familiares como as recomendações de produtos e conteúdos (basta pensar nos gigantes Facebook, Netflix, Amazon, e Spotify, que analisam as nossas características, interesses e preferências para nos sugerirem o próximo produto de que iremos gostar), até às aplicações mais surpreendentes como, por exemplo, sugerir receitas baseadas nos ingredientes que temos na nossa cozinha [1], os algoritmos de inteligência artificial tornam-se cada vez mais pervasivos no nosso dia-a-dia.
A elevada taxa de insucesso dos esforços de mudança – que normalmente ronda os dois terços – tem motivado investigadores e gestores a prestar cada vez mais atenção à gestão da mudança. Sendo este um dado preocupante, vários estudos têm sido realizados desde os anos 90 apenas para verificar que este rácio, apesar dos inúmeros esforços, teima em persistir.