Com base no desempenho das empresas portuguesas durante a crise da dívida soberana, verificamos que os gestores recém-contratados se tornaram relativamente mais eficazes a conseguir melhores desempenhos para as empresas. Quando comparados com gestores que estão há mais tempo na organização, os recém-contratados exibem um desempenho superior em cerca de 18 por cento, quer em termos de vendas totais, quer em valor acrescentado.
Há uma magia simples na organização das etapas tecnológicas em algarismos seguidos de ponto zero. O ponto zero sinaliza a mudança e o recomeço. Essa álgebra simplificadora foi aplicada por Pier Luigi Sacco à evolução da cultura, na sua relação com a sociedade. Em abstrato, a cultura é individualista, asceta, e absolutamente espontânea. Mas, enquanto fenómeno também social, a cultura transforma a sociedade e, ao mesmo tempo, reflete as transformações da política, da economia, da técnica. Simplifiquemos, pois.
José Tavares é professor de conomia da Universidade Nova de Lisboa, investigador afiliado do Centre for Economic Policy Research (CEPR) de Londres. Obteve o doutorado em Economia na Harvard University, com especialização em Economia Política e Macroeconomia. Já lecionou na Harvard University, na University of California Los Angeles (UCLA) e na Universidade Católica. A pesquisa de José concentra-se em um amplo conjunto de questões, incluindo a relação entre democracia e crescimento económico, o custo macroeconómico da discriminação de género e o papel da globalização no combate à corrupção, e foi publicada em periódicos académicos, incluindo o Journal of Monetary Economics, a Review of Economics and Statistics, o Journal of Public Economics e volumes editados pela Harvard University Press, MIT Press e Princeton University Press.