Há cerca de três anos reuni com a Danish Cleantech Hub, plataforma resultante de uma parceria público-privada liderada pela Confederação da Indústria Dinamarquesa que dá visibilidade e promove a comercialização de soluções de Clean Tech nos EUA. Estando sediada em Nova Iorque, sede das Nações Unidas, perguntei o quanto as empresas americanas estavam sensibilizadas para os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e a resposta foi: muito pouco. Logo de seguida, perguntei se o nível de notoriedade era o mesmo relativamente aos critérios ESG, e a resposta foi oposta. Tendo em conta o impacto que tem em questões financeiras das empresas, o nível de notoriedade é muito elevado.

De acordo com um estudo realizado em 2022 pelo Edelman Trust Barometer, 88% dos investidores institucionais colocam as questões ESG a par das considerações operacionais e financeiras quando tomam decisões de investimento; 60% dos trabalhadores escolhem um local de trabalho com base nas suas crenças e valores, enquanto 58% dos consumidores compram ou defendem marcas que correspondem às suas crenças. Por isso é natural que um crescente número de gestores procure cada vez mais entender de que forma a sua atividade deverá ter outros critérios de análise de risco de uma empresa para além dos usados pelo mercado de capitais.

Este acrónimo, ESG,  tem vindo a fazer parte do léxico das organizações apesar de muitas vezes usada de uma forma abusiva, como potenciador de greenwashing. Para minimizar a probabilidade de que tal aconteça, a Comissão Europeia publicou um conjunto de diretivas que promovem a transparência, que aos poucos começam a ter um conhecimento generalizado. Com isto, pretende aumentar a transparência e a responsabilidade das empresas em relação aos seus impactos ambientais e sociais, combater o greenwashing e permitir aos investidores tomarem decisões de investimento mais informadas.

Por curiosidade, decidi usar a ferramenta de AI Perplexity e perguntar: “Quais as principais diretivas europeias ligadas a sustentabilidade procuradas no Google?”. Não sendo possível atribuir um número exato de pesquisas, foi inferida uma hierarquia aproximada baseada na frequência e proeminência com que essas diretivas são mencionadas nos diferentes resultados: em primeiro lugar, surge a Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD),seguida pelas Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDDD), Ecodesign for Sustainable Products Regulation (ESPR), Green Claims Diretive, e, por fim, European Sustainability Reporting Standards (ESRS).

Todas estas diretivas têm um papel determinante ao nível dos critérios ESG, pois obrigam as grandes empresas não só a reportarem informações detalhadas sobre questões de sustentabilidade, abrangendo os critérios ESG (CSRD) utilizando as Normas Europeias de Relato de Sustentabilidade (ESRS) para determinar o conteúdo dos relatórios de sustentabilidade, como para estabelecerem medidas claras ao nível da proteção dos direitos humanos e do ambiente ao longo de toda a sua cadeia de valor (CSDDD).

É importante que os gestores adquiram o conhecimento necessário para que possam não apenas ajustar as suas organizações para a transição necessária, como dar resposta às solicitações que, no caso das PMEs, têm vindo a ter por parte dos seus clientes.

O programa “ESG para Gestores” aborda ao longo de dois dias todas estas temáticas, dando oportunidade a que os participantes tenham um primeiro contato com esta nova realidade que veio para ficar e avaliem de que forma podem integrar no quotidiano das suas empresas.

Conheça o programa
ESG para Gestores
Publicado em 
23/1/2025
 na área de 
Negócios Sustentáveis

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