O conceito de "self-leadership" está a tornar-se cada vez mais popular à medida que a liderança nas organizações vai mudando. As estruturas nas empresas têm vindo a alterar-se, com tendência à horizontalização, trazendo mais autonomia aos funcionários, mas também maior responsabilidade.

Numa perspetiva tradicional, as empresas têm sempre uma estrutura vertical, como numa pirâmide em que o chefe se encontra no topo e dá ordens à base. A cultura do “respeitinho” ao líder dá muitas vezes lugar ao silêncio e à escassez de opiniões, mesmo que não se concorde com os superiores. Nestas organizações, as ordens são mandamentos e a voz do chefe é a autoridade máxima.

Este velho paradigma está hoje a ser relegado para segundo plano, numa altura em que surge um novo – o digital ou ágil. De acordo com Miguel Pina e Cunha, Professor Catedrático da Nova SBE, em vez da pirâmide, a estrutura dominante nestas organizações passa a ser horizontal, realinhando o poder dentro das empresas e construindo uma grande “equipa de equipas”, em que cada um destes polos disfruta de elevados níveis de autonomia, trabalhando num mesmo sentido, articuladas usualmente por via de tecnologias de informação. Como sublinha Miguel Pina e Cunha, “no limite, esta estrutura permite reconfigurar as equipas à medida dos projetos”.

Nestas empresas não tradicionais, a competência dos funcionários é extremamente valorizada, assim como a sua opinião, e espera-se que quando estes não concordem com uma ordem dos superiores se façam ouvir. Aqui, todas as opiniões são respeitadas e bem-vindas e os líderes aceitam a liderança dos de outros, especialmente se são mais qualificados para o trabalho ou se estão mais preparados para liderar. Contudo, apesar de se esperar que os membros da organização sejam transparentes, demasiada transparência pode trazer efeitos nefastos, em especial se as opiniões forem ofensivas. O que significa que é necessário que cada colaborador exerça a sua autoliderança, determinando o que é razoável ou não, regulando os seus comportamentos e responsabilidades, tendo em conta o bem comum e a prosperidade da organização.

“Eu tenho mais espaço dentro destas novas empresas, mas com mais espaço surge também mais responsabilidade”, salientou o Professor Catedrático, acrescentando que nestas organizações cada um passa a ser responsável, em alguma medida, pelos resultados e pelo que acontece dentro da firma.

Assente nesta mesma base, é possível perceber que a liderança passa a residir na autoridade e não no poder, porque o poder é adquirido, a autoridade é conquistada. Desta forma, todos os intervenientes podem ter mais autoridade dentro da empresa ajudando os outros a liderar. Todos lideram e todos são liderados. Este é o paradigma de liderança do futuro.

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Publicado em 
4/1/2022
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