O futuro do trabalho tem gerado debate e curiosidade. Se, por um lado, as novas tecnologias podem ajudar-nos a melhorar tarefas e procedimentos, há também quem tema que os avanços possam levar à substituição dos humanos por máquinas. Madalena Borges de Sousa, Executive Director for Community Engagement & Alumni Relations na Nova SBE, e Steve Cadigan, Future of Work Keynote Speaker, mergulharam neste tema controverso no sexto episódio do Futurecast, um podcast da escola sobre as futuras tendências em diversas áreas de negócio.

Mas como é que a IA vai transformar o futuro do trabalho? Irão os robôs tirar-nos os trabalhos ou vamos encontrar novas formas de trabalhar com eles? Como vamos adaptar-nos às novas tecnologias e exigências?”, começou por perguntar Madalena Borges de Sousa.

O especialista em futuro do trabalho garantiu que ainda existe muita incerteza quanto ao papel que a IA vai desempenhar, mas que “gostava de mudar a conversa”, “porque agora acho que a tecnologia nos está a fazer sentir que estamos atrás, stressados e com demasiado trabalho. Vamos reconquistar a propriedade de criar um futuro mais humano”.

Já no que diz respeito às competências humanas, Steve Cadigan afirma: “acho que nos próximos dez anos vamos começar a ver as pessoas a serem contratadas não por aquilo que sabem, mas pelo que podem aprender”. “Com as novas tecnologias, precisamos de novas competências” e as carreiras deixam de ser lineares.

Entre as tendências em Recursos Humanos mais citadas, falou-se também da “mudança de mentalidade da força de trabalho” que surgiu com a pandemia – e a que muitos chamam de “great resignation”. E como se combate a dificuldade em reter talento? Para Steve Cadigan, a resposta é simples:

“Uma coisa que as empresas tentam fazer é manter as pessoas muito tempo. No entanto, todos os dados mostram que as pessoas estão cada vez a ficar menos. Por isso, estou a tentar que as empresas digam: ‘só porque estão a ficar menos tempo, não significa que não se possa construir um excelente negócio ou uma grande cultura’. Mas pensa-se que para este modelo as pessoas têm de ficar mais tempo e aqui estão 40 empresas onde as pessoas não ficam muito tempo e são espetaculares. Por isso, parem de pensar que essa é a única medição para construir um bom negócio”.

Madalena Borges de Sousa acrescentou: “não se trata muito de retenção, mas de cuidar das pessoas enquanto estão lá, mas prepará-las para sair”.

O debate passou ainda por tópicos como os “Alumni” das empresas, como fazer networking eficazmente e pela ideia de “reverse mentoring”. Assista ao episódio completo:

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Publicado em 
18/4/2024
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