O nosso segundo dia terminou num movimentado rooftop bar em Lisboa, com vista para a cidade, com o Castelo de São Jorge como pano de fundo. Olhando para o grupo, havia caras felizes, estômagos cheios de excelente marisco – porque é isto mesmo que se deve comer em Portugal!

O dia 2 do programa começou com uma apresentação de Manuel Heitor, ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Educação Superior de Portugal, inovador e uma grande inspiração na área do Espaço em Portugal. Falou connosco sobre construir uma nova economia do Espaço na Europa, focada na necessidade de compreender “a agência humana” e garantir sistemas responsáveis e sustentáveis em paisagens complexas numa Era descentralizada, digital e apoiada pela Inteligência Artificial.

Um tema comum nesta semana tem sido olhar para o potencial do Espaço na Europa, comparado-o com os seus processos demorados e entediantes. De acordo com Heitor, o Espaço europeu ainda está para trás, mas tem um grande potencial para tentar uma perspetiva de impacto zero.

A nossa tarde foi agitada por uma apresentação apaixonada de Nuno Sebastião, da NeuraSpace, que partilhou connosco as suas anedotas e conselhos empresariais. Além de pedir a alguns dos participantes para seguirem as suas pisadas e despedirem-se da ESA [Agência Espacial Europeia] (penso que estava meio a brincar), explicou que a equipa que se tem é o fator mais importante, uma vez que grande parte de todas as outras variáveis vão mudar. O ponto-chave é: se tivermos um espírito empreendedor, devemos arriscar:

“Se têm vontade, façam-no”.

Novamente, foi-nos explicado que identificar e compreender o problema que estamos a tentar resolver é mais importante que qualquer ideia ou tecnologia que possamos começar a desenvolver. Uma parte essencial do empreendedorismo (espacial) é estar aberto a mudanças fluídas e constantes. Além disso, ao longo das apresentações, tornou-se evidente que são precisas novas filosofias espaciais: (1) para preencher as lacunas das cadeias de valor nacionais; (2) reduzir a dependência de cadeias de valor externas; (3) criar oportunidades.

Foi muito bom ter apresentações de empresas de setores específicos, aqui, na Terra, que utilizam o Espaço nos seus processos diários. Tivemos contacto com a CEiiA, um Centro de Desenvolvimento de Engenharia e Produto que desenha, implementa e opera com produtos e serviços inovadores. A sua apresentação focou-se essencialmente na forma como os dados espaciais e a tecnologias estão a ser utilizados para o rastreamento e a monitorização subaquática. Depois, conhecemos Sandra Pires, agrónoma na Hidrosoph, uma empresa que se foca na gestão da irrigação e que oferece dados e conselhos à sua base de clientes. Sandra Pires explicou como conduzem os cálculos para a rega ideal, cortando no desperdício de água, através de “Sentinel data”.

Uma das lições que retirei foi dada por Nuno Sebastião: a economia espacial é “a moderna corrida ao ouro” – há muito potencial, mas não é a área mais fácil para fazer dinheiro, porque ainda é necessária muita infraestrutura.

Fiquem ligados para mais!

A vossa,

Chiara

 

Este texto foi primeiramente publicado no SpaceWatch.Global - leia o artigo original aqui. Saiba como correu o primeiro dia de Chiara Moenter no campus de Carcavelos.

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Publicado em 
19/7/2022
 na área de 
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