um mundo cada vez mais inconstante, há características que um empreendedor deve manter para singrar no mercado. As primeiras duas são o propósito e a coragem.
“Há cada vez mais pessoas a procurarem o seu propósito. Todos queremos ter um significado que vai muito além daquilo que é o curto prazo”, explica Pedro Brito, acrescentando que esta é uma das lições mais importantes a retirar da meca da inovação. “Em Silicon Valley, procura-se o Massive Transformational Purpose”. Mais do que a missão ou a visão de uma empresa, o propósito “nas organizações permite atrair as pessoas certas, conseguindo mais facilmente alinhar o propósito individual com o das empresas”.
“Tudo começa com um propósito, porque chega-se a um momento em que o dinheiro já não é a principal chama que move as pessoas a continuarem a construir coisas relevantes. Vou dar um exemplo: a Google já atingiu o pico financeiro há 10 anos, mas continua a investir [em tecnologia] que vai impactar não só esta geração, mas também as gerações futuras”, completa Felipe Lamounier, que vive e estuda as dinâmicas em Silicon Valley há cinco anos. “Ellon Musk é um dos maiores nomes do empreendedorismo mundial. Quando saiu do Paypal, colocou mais de 2 mil milhões de dólares no bolso. Já podia ter parado, mas voltou ao mercado e investiu na Tesla, criou a SpaceX e a Solar City. Um império. Tudo isto por causa do propósito. Este é um elemento muito forte aqui em Silicon Valley”.
Já a coragem permanente de arriscar, mesmo sabendo que se pode perder, é o que leva alguns a triunfar no mundo dos negócios. E a “rebeldia”, garante Felipe Lamounier. As pessoas em Silicon Valley “são, por natureza, questionadoras. Estão o tempo todo a perguntar-se porque é que aquilo está a ser feito há tanto tempo da mesma forma”, e atrevem-se a pensar em novas soluções.
Ingredientes para o sucesso, mas que também podem levar à queda de muitos. Contudo, Pedro Brito salienta que o erro é uma grande ferramenta de crescimento. Este “vale da deceção também é uma aprendizagem brutal para empreendedores e gestores. O empreendedorismo também passa por esse vale: tomar decisões impopulares e arriscar”.
Esta vontade de aprender é uma das características mais importantes de qualquer pessoa que deseje ser bem-sucedida. Porque, num mundo em constante mudança, a melhor arma é mesmo prevenir cenários futuros.
“Ninguém conseguiu prever em 2019 o ano que íamos ter em 2020. O mundo está cada vez mais imprevisível, mais incerto, e nós enquanto seres-humanos e profissionais sempre nos agarrámos a previsibilidades. Essa previsibilidade vai ser cada vez mais incerta. Por isso, como podemos preparar-nos para tempos incertos? Muita dessa preparação pode ser aprendida com pessoas que estão aqui Em Silicon Valley, porque quando se cria uma coisa nova estamos a criar o incerto, a lidar com o incerto”. Foi por esta razão, que a Nova SBE Executive Education e a StatSE criaram o programa xBA – Exponential Business Administration, “para trazer pessoas que trabalharam sempre na incerteza, no risco, desafiando o status quo, para partilharem os seus conhecimentos”, explica Felipe Lamounier.
“Dada a velocidade das transformações do mundo, o que pensámos fazer com esta parceria foi justamente um programa que pudesse trazer pessoas que estão a construir coisas e tecnologias relevantes agora, à frente na gestão das empresas e que estão a executar esta transformação, para ensinar na formação de líderes para estes novos tempos, para este novo mundo”. Nomes tão sonantes, aliás, que um dos professores deste programa é Steve Blank, o responsável pelo termo start-up, e o primeiro “patrão” de Ellon Musk.
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