onsiderando estes modelos organizacionais, a IDC prevê que, em 2020, 40% das organizações nacionais já sejam “digitally determined”. Quer isto dizer que já uma parte significativa do nosso tecido empresarial encontra-se a executar o seu roadmap de transformação, com o digital enraizado na sua estratégia de negócio, desde a transformação dos mercados ao redesenho do futuro por via de novos modelos de negócio e do lançamento de produtos e serviços suportados digitalmente. Por outro lado, a IDC prevê que 60% das organizações nacionais continuem, ainda, a ser “digitally distraught”, e precisem de um boost para levar o tema além da agenda para o dia a dia organizacional.
A mesma previsão ao nível mundial aponta para que 55% das organizações sejam atualmente “digitally determined”, consequentemente, Portugal precisa de acelerar ainda mais a sua maturidade digital.
No entanto, é alarmante o facto de não serem contabilizadas as organizações fora da economia digital e, que não têm presença online, ainda que representem uma fatia muito relevante na economia nacional, mais concretamente quase dois terços de todas as PMEs.
Sendo que, em 2023 as previsões apontam para que mais de 50% da economia mundial seja proveniente de produtos e serviços digitais e conectados, a IDC acredita que em 2024 entraremos na última fase da “Transformação Digital”, momento no qual praticamente todos os negócios serão digitais e só haverá espaço para organizações “digitally determined”.
Neste enquadramento, identificamos 5 agentes essenciais de transformação nesta derradeira fase de transição para uma economia totalmente digital e, que todas as empresas, principalmente as que se encontram numa fase inicial, ou “digitally distraught”, precisam de trabalhar.
Cultura do futuro: liderança em escala
É cada vez mais evidente que o sucesso da transformação digital não passa, somente, por uma iniciativa top-down ou um grande orçamento para o digital. Na verdade, a transformação depende de algo muito mais importante (e mais escalável): da capacidade de uma organização adotar uma cultura em que o conceito de transformação é um princípio básico, e que o digital faça parte do ADN da empresa.
Clientes do Futuro: criar empatia
A capacidade de entender as necessidades, motivos, comportamentos e emoções de cada cliente e, com base nesse conhecimento, saber como responder e interagir adequadamente é fundamental. Para ter sucesso no relacionamento com os clientes do futuro, será imperativo que as organizações consigam assegurar um grau elevado de empatia, sempre pensada à escala das necessidades.
Inteligência do Futuro: conhecimento em escala
Será cada vez mais crucial desenvolver a capacidade de conseguir garantir aumentos substanciais no valor económico e social de produtos e serviços, integrando, continuamente, a inteligência coletiva contextual (CCI) das redes de machine-learning (ML) no trabalho, operações e experiências. O futuro da inteligência visa conectar pessoas e máquinas para que, na empresa do futuro, a inteligência coletiva contextual seja transversal a operações, trabalho e experiência.
Operações do Futuro: resiliência em escala
O futuro das operações evoluiu, deixando de ser impulsionado por uma cultura de excelência operacional para passar a operações resilientes e sustentáveis num mundo complexo. Uma operação resiliente é capaz de impulsionar a inovação e faz com que esta derive de todas as partes do seu ecossistema, desde a procura do cliente a uma cadeia de valor sustentável.
Trabalho do Futuro: modelo de trabalho em escala
A IDC define o trabalho do futuro como uma mudança fundamental no conceito de trabalho, que transforma os comportamentos e as capacidades dos trabalhadores, bem como a cultura organizacional; suporta um ambiente de trabalho dinâmico, sem limites de hora ao longo do dia ou de espaço físico; capacita equipas e uma força de trabalho diversificada; e promove a colaboração homem-máquina.