O 10º dia da Nova SBE Sustainability Journey - uma coleção de programas educativos, eventos e conferências, atividades culturais dedicadas à sustentabilidade – reuniu mais de 150 participantes, esta quarta-feira, no campus de Carcavelos. O evento contou com mais de 10 momentos, todos com uma mensagem simples: é preciso atuar hoje para garantir um amanhã mais sustentável.
Deixamos-lhe alguns highliths das sessões de hoje:
O papel da sustentabilidade na Nova SBE: “Que ninguém fique para trás”
O pontapé de saída de um dia repleto de conferências e debates sobre sustentabilidade foi dado por Luís Veiga Martins, Associate Dean for Community Engagement & Sustainable Impact da Nova SBE. O responsável pela área de Sustentabilidade explicou como a escola está a implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pelas Nações Unidas em todos os programas da Nova School of Business & Economics (Nova SBE), desde as licenciaturas até aos programas de executivos.
“Neste momento, [os ODS] fazem parte do nosso quotidiano e do dia a dia das empresas. Nós, enquanto universidade, também temos o nosso papel a desempenhar”, explicou Luís Veiga Martins, enquanto apresentava a plataforma Role to Play, construída com o objetivo de criar uma comunidade dedicada ao desenvolvimento de talento e conhecimento que possa impactar o mundo.
Esta missão de criar um impacto positivo estende-se ainda à pesquisa feita pelosknowledges centers da Nova SBE, que, por sua vez, podem ter um impacto direto nas políticas públicas, ajudando a criar uma sociedade mais justa e sustentável.
“Estamos a trabalhar para os nossos filhos e os nossos netos”
Uma das melhores formas de encontrar inspiração é aprender com as experiências dos outros. Por esta razão, não será de surpreender que a sessão Just prove it: Real cases in Sustainable Development Businesses, promovida pelaNova SBE Innovation Ecosystem, tenha enchido a sala. Nesta sessão, nove representantes de empresas contaram como as suas organizações encontraram formas inovadoras para contribuírem para um futuro mais sustentável, em setores tão diversos como a saúde, o ensino, ambiente ou a agricultura.
“Cuidado com as soluções milagrosas”, aconselhou Fernando Teixeira, CEO da Fapil, uma PME dedicada à produção de materiais de limpeza e arrumação feitos a partir de redes de pesca usadas, que acabariam no oceano ou nos solos, alertando que alguns materiais como o plástico, que tem ganhado uma má reputação ao longo dos anos, pode, na realidade, ser uma opção sustentável. “Estamos a dar uma segunda vida a estes materiais. Trabalhamos para os nossos filhos e os nossos netos”.
Na mesma ótica de sustentabilidade ambiental, Beatriz Guimarães, Sustainability Leader da Nestlé recordou: “todos temos um papel a desempenhar. Se mudarmos algo pequeno, pode ter um grande impacto”. A empresa alimentar admitiu que 72% do seu impacto ambiental se prende com os ingredientes e que tem modificado a sua oferta para abarcar escolhas mais sustentáveis, como é o caso da criação de net zero farms ou de marcas como a Gourmet Garden, que oferece alternativas vegan.
Mas, uma vez que a sustentabilidade vai muito além do ambiente, foram também apresentados casos que demonstram como a inovação pode alavancar o bem-estar emocional e físico, como é o caso dos projetos lançados pelas organizações Nevaro ou pela Stop Colon Cancer.
“Para nós a sustentabilidade é uma questão de sobrevivência”, começou por dizer André Soares Campos, Head of Strategy & Acceleration da Sogrape, que, dos muitos projetos de desenvolvimento sustentável sobre os quais a empresa se debruça, se focou numa iniciativa para apoiar o re-skiliing dos trabalhadores, através da criação de um programa com o IEFP, uma vez que, com o avanço da tecnologia, “nos próximos dez anos, grande parte da população não terá as competências necessárias para realizar o seu trabalho”.
“Como vão as pessoas no futuro relacionar-se com o trabalho?”
Este foi o mote da masterclass do Professor da Nova SBE Milton de Sousa, que se debruçou sobre a sustentabilidade das empresas e dos modelos de trabalho – desafios especialmente relevantes para os departamentos de Recursos Humanos.
“A tecnologia está a proporcionar oportunidades para fazermos escolhas. O poder está a transitar para as pessoas”, explicou o especialista em Liderança, sublinhando que o estado de emergência constante tem tornado a ideia de propósito cada vez mais relevante para os trabalhadores, assim como a flexibilidade para manter o equilíbrio entre a vida profissional e familiar.
“Os locais de trabalho têm de ser repensados” para que as empresas consigam reter e atrair talento e o modelo híbrido pode mesmo ser a solução para enfrentar a crise que a “great resignation” está a trazer ao mundo corporativo.
“Temos de mudar de um modelo linear para um modelo circular”
O painel constituído por Rui Coutinho, do Nova SBE Innovation Ecosystem, António Nogueira Leite, Professor na Nova SBE e Chairman of the Board da Sociedade Ponto Verde, e Pedro Lagos, da SONAE, encheu o Nova SBE Haddad Entrepreneurship Institute, para falar sobre economia circular.
Para assegurar o sucesso desta transição é condição necessária “uma liderança e um propósito fortes”, como garantiu Pedro Lagos, mas também que o consumidor se aperceba da importância de adquirir produtos que seguem este ciclo de vida, como frisou o Professor da Nova SBE.