O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e o tipo de liderança nas equipas são cada vez mais importantes na hora de procurar novas oportunidades de trabalho. Um estudo do CEMS, aliança global que junta mais de 30 universidades e escolas de gestão de todo o mundo, entre as quais a Nova SBE, concluiu que há cada vez mais fatores, para além do salário, a determinar a atratividade das propostas.

Numa amostra de mais de 4 mil inquiridos de várias nacionalidades, o estudo mostra que em Portugal a remuneração continua a ser o fator mais importante na hora de optar por uma nova posição, mas os resultados globais demonstram que o work-life balance é tão importante quanto o salário.

Dos 291 inquiridos que afirmaram viver em Portugal, estudar na Nova SBE, ou que se identificaram como portugueses, o top 5 de critérios que mais influenciariam a sua decisão de assumir uma nova função foram:

·         Salário (incluindo bónus) – 24% nomearam este critério no seu top 3

·         Bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal e trabalho flexível – 23%

·         Oportunidades para progressão rápida na carreira – 16%

·         Oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial – 8%

·         Liderança inspiradora – 7%

Em comparação com os resultados globais (4.206 inquiridos):

·         Bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal e trabalho flexível – 21% nomearam este critério no seu top 3

·         Salário (incluindo bónus) – 21%

·         Oportunidades para progressão rápida na carreira – 12%

·         Liderança inspiradora – 11%

·         Oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial – 9%

Apesar do quase empate entre os fatores que pesam na hora de mudar de emprego, a investigação revela ligeiras diferenças entre geografias e gerações. Se, a nível global, 21% dos inquiridos colocam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal no mesmo patamar de importância que o salário, em Portugal o salário ganha por uma mínima vantagem. 24% colocou o salário (incluindo o bónus) no seu top três, enquanto 23% destacou o bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal (incluindo trabalho flexível).

Já no que toca a diferentes gerações, 20% dos inquiridos com mais de 35 anos mostraram dar maior importância ao work-life balance do que ao salário, contrastando com os 20% de recém-graduados e profissionais mais jovens, para quem o salário é ainda um fator primordial.

O nosso estudo revela que, para os profissionais de todo o mundo, embora o salário seja sempre um fator importante, não é determinante. Alcançar um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e ter a oportunidade de gerar impacto numa função é mais importante do que nunca, para colaboradores de todas as idades”, comentou Nicole de Fontaines, Diretora Executiva do CEMS, citada em comunicado.
À medida que regressamos ao escritório, e num momento em que atrair e reter os melhores talentos está no topo da agenda, é importante que as organizações ouçam atentamente o que os profissionais mais desejam e ajam de acordo com isso. Dessa forma, eles podem atrair os funcionários mais talentosos, beneficiarem da ambição das suas pessoas, incentivar a inovação e, por fim, obter uma vantagem competitiva em tempos incertos”.

Uma nova tendência tem também que ver com o crescente desejo de internacionalização das carreiras. O critério “oportunidade de viajar pelo mundo” apareceu entre os cinco principais critérios para os entrevistados mais jovens (dos 19 aos 25), mas ficou muito abaixo na lista para outras faixas etárias.

O CEMS realizou este estudo no outono de 2021 junto de 4.206 dos seus alumni distribuídos por 75 países espalhado pelo mundo, a maioria em cargos de gestão sénior. Em Portugal, foram inquiridas 291 pessoas.

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Publicado em 
24/6/2022
 na área de 
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