A constante evolução tecnológica e a crescente exigência dos mercados de trabalho tem vindo a encurtar o tempo de vida útil das competências que adquirimos. Enquanto as empresas lutam por talento para preencher posições-chave, os trabalhadores questionam: será que me vou conseguir manter relevante na era da automação? Com esta pergunta em mente, o LinkedIn fez um estudo de mercado para obter uma visão holística dos desafios atuais do desenvolvimento de talento nas organizações.

Competências com curta vida útil + Mercado de trabalho exigente = Lacuna de competências

É com esta equação que o estudo do LinkedIn é introduzido ao público. Por outras palavras, vivemos num mercado de trabalho dinâmico em que as oportunidades estão a mudar - para as empresas e para as pessoas. Na era da inteligência artificial e da automação, as empresas estão a lutar para se manterem na vanguarda, numa tentativa de reter o melhor talento e preencher posições-chave; os indivíduos lutam por permanecer relevantes enquanto profissionais.

Este esforço, de ambas as partes, está na origem da nova função das empresas - "desenvolver talento" - que não é mais do que a criação de oportunidades de aprendizagem que potenciam o crescimento e o sucesso dos seus trabalhadores.

Por isso, o LinkedIn Learning lançou o Workplace Learning Report 2018, que teve como objetivo estabelecer uma visão holística dos desafios atuais da formação no local de trabalho. O estudo contou com o opinião de cerca de 4000 profissionais - foram entrevistados 1200 talent developers, 2200 employees, 400 people managers e 200 executives através da plataforma.

Destacam-se as seguintes conclusões: 

1. A prioridade #1 no desenvolvimento de talento é potenciar as soft skills

Esta conclusão é unânime entre as categorias de profissionais entrevistados, dos executivos aos talent developers. O impacto da automação aumenta a procura por trabalhadores flexíveis, com espírito crítico, que saibam comunicar e liderar. Por isso, as capacidades interpessoais são indespensáveis.

Em relação a hard skills, usando a informação de mais de 500 milhões de membros, o LinkedIn concluíu que as competências que as empresas estão a sentir maior dificuldade em preencher estão relacionadas com:

·         Cloud e computação-distribuída;

·         Análise estatística e data-mining;

·         Middleware e integração de software;

·         Arquitetura web e development framework;

·         User interface design.

2. É preciso equilibrar os desafios de hoje com as oportunidades de amanhã

O estudo mostra que, em 2018, os talent developers estão a priorizar as necessidades de desenvolvimento profissional atuais em relação às futuras. Apesar da relevância que isso possa ter no curto-prazo, os executivos afirmam que é necessário ir mais longe e alargar o foco, através da identificação de tendências futuras de mercado para prevenir a falta de determinadas competências internas.

3. A ascensão do digital está a transformar o desenvolvimento de talento

Os talent developers estão a optar por soluções de e-learning para o desenvolvimento de um capital humano cada vez mais diversificado e multi-geracional. O estudo do LinkedIn Learning concluiu que nunca existiu uma dependência tão grande associada a estas plataformas de aprendizagem, que é justificada pelas preferências dos trabalhadores:

4. O desafio #1 dos talent developers é garantir que existe tempo para formação

A razão principal para a ausência de formação no local de trabalho é a falta de tempo dos colaboradores para investir no seu desenvolvimento profissional. Os executivos e os gestores de pessoas entrevistados concordam que garantir que este tempo existe deve estar no topo dos desafios dos talent developers. Além disso, as organizações de hoje têm de dar formação aos trabalhadores, através das plataformas que eles já usam.

5. O envolvimento da chefia é crucial para o envolvimento dos profissionais com a formação

A gestão de talento implica uma estratégia sinérgica que ultrapassa o departamento de recursos humanos e pede o envolvimento de toda a organização. Como 56% dos profissionais afirmaram que completariam um curso se o seu manager o aconselhasse, o desafio #2 dos talent developers é potenciar o envolvimento da chefia no processo de desenvolver talento.

Como conclui o Coordenador Académico da Nova SBE Executive Education, José Crespo de Carvalho, que deixou a sua reflexão sobre este estudo na sua coluna no Observador:

"De uma forma rápida poderemos dizer que o mundo, a avaliar pelas respostas, estará cada vez mais propício para a formação e desenvolvimento de colaboradores de empresas. Em que formato, dimensão, periodicidade, repetição e outros já poderá ser uma questão mais complexa. De qualquer forma, onde as universidades terão um papel importante a desempenhar".

Esta publicação é baseada no 2018 Workplace Learning Report desenvolvido pelo LinkedIn.

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Executive Education
Publicado em 
8/6/2018
 na área de 
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