A primeira edição da Business Academy for Lawyers, cocriada pela Nova SBE Executive Education e a sociedade de advogados Morais Leitão, já chegou ao fim. O sucesso da iniciativa abriu portas à segunda edição, que arrancou no passado dia 19 de abril.
A

inovação da parceria entre a Nova SBE Executive Education e a Morais Leitão foi desde cedo reconhecida, merecendo destaque pelo Finacial Times. O projeto foi concebido a pensar nas mudanças atuais do setor e para refletir sobre o que é ser advogado nos dias de hoje, apostando no desenvolvimento de novas competências e no domínio de outras realidades para além do direito.

Diana Ettner, consultora na Morais Leitão, contou-nos como foi a sua experiência como participante da primeira edição da Business Academy for Lawyers.

Como classifica a sua experiência na primeira edição da Business Academy for Lawyers?


A minha experiência na primeira edição da Business Academy for Lawyers foi muito positiva e enriquecedora. Por vários motivos. Desde logo, foi sem dúvida uma grande oportunidade, e até um privilégio, poder ser “cobaia” e integrar a primeira edição de um curso como este, que foi concebido especificamente para advogados da Morais Leitão, em parceria com a Nova SBE. Foi muito gratificante frequentar um curso inovador e feito à medida como este, reconhecendo todo o trabalho e esforço de quem o criou e concebeu.


Depois, este curso apresentou um programa estruturado e sistematizado, com uma duração prolongada no tempo e sempre com o mesmo grupo de participantes. Isto permitiu e potenciou uma dinâmica de aprendizagem e de interações muito relevante, não só pela sucessão estruturada das aulas, como também pela continuidade das sessões e pelas discussões que foram existindo dentro do grupo. E isso contribuiu, naturalmente, para uma boa experiência de ensino e aprendizagem.


Finalmente, um aspeto muito importante e muito positivo da experiência vivida no curso teve a ver com a própria convivência entre todos os que nele participaram. Somos colegas de profissão e de escritório, trabalhamos na mesma estrutura (ainda que em cidades diferentes, em alguns casos) mas a verdade é que o dia a dia apressado em que vivemos leva-nos a que muitas vezes não partilhemos experiências e impressões sobre a nossa própria atividade. E essa partilha e troca de impressões são muito importantes. Ter sessões de dia inteiro, fora do escritório, ainda por cima num local como a Nova SBE, permitiu essa troca de experiências e um diálogo dinâmico entre todos, que foi um aspeto muito positivo do curso.


Considera que os conhecimentos adquiridos vão ser úteis para a sua carreira e futuras oportunidades?


Sem dúvida. Apesar de este curso abordar temas não jurídicos, a verdade é que se debruça sobre questões que, hoje em dia, são essenciais ao bom desempenho da nossa profissão e que cada vez mais devem fazer parte da formação do advogado.


Durante o curso falámos e abordámos temas sobre os quais normalmente não falamos. Fomos desafiados, com alguma provocação, a pensar de forma diferente na gestão do nosso tempo e no nosso papel como advogados, seja na relação com outros colegas, seja com os clientes. Realizámos uma dinâmica de grupo que permitiu perceber a importância do trabalho em equipa e da partilha efetiva de informação e responsabilidades para alcançar um bom resultado. Abordámos e testámos, com exercícios práticos e de forma estruturada, estratégias de negociação e técnicas de liderança, que são tão importantes para o nosso dia a dia. Falámos também sobre gestão financeira, contabilidade, marketing, legal tech, e muitos outros temas que, sem qualquer dúvida, são hoje em dia essenciais para um advogado e que se vão tornando cada vez mais estruturantes ao longo da evolução da carreira.


Do ponto de vista dos conhecimentos adquiridos, foi também muito positivo o contributo dado por departamentos do próprio escritório em algumas sessões do programa, permitindo aplicar à nossa realidade interna conceitos e ideias discutidos com os formadores. E apesar de serem conceitos e ideias de alguma forma já conhecidos ou com os quais já tínhamos contactado, a verdade é que ganham um outro significado com o enquadramento dado pelas sessões do curso, permitindo que os utilizemos de forma mais vantajosa no dia a dia do nosso trabalho. Isto passa-se quer com conceitos de gestão financeira propriamente dita, quer com o conhecimento sobre ferramentas tecnológicas existentes internamente e à nossa disposição.


De que modo é que esta Pós-Graduação contribui para dar resposta aos desafios atuais do setor?


A gestão de projeto constitui, sem dúvida, uma componente essencial da advocacia de hoje.


Hoje, espera-se do advogado não apenas (ou não tanto) que dê as mais corretas soluções jurídicas para um determinado problema, mas em muitos casos que acompanhe um projeto no seu todo, que identifique riscos e apresente as melhores formas de os mitigar e até, muitas vezes, que integre e mesmo coordene equipas multidisciplinares. Espera-se do advogado que conheça “o negócio” do cliente, que tenha uma abordagem integrada e abrangente da sua atividade e que trabalhe, ao seu lado, para concretizar da melhor forma cada projeto em que é chamado a colaborar. Naturalmente que isto requer dos advogados competências e abertura para lidar com os problemas que a gestão de projetos, muitas vezes grandes e complexo, pode colocar.


Ao abordar estes temas e ao dedicar-lhes uma formação específica, estruturada, organizada e sistematizada, esta Pós-Graduação contribui, sem dúvida, para ajudar a responder a estes desafios e a estas dimensões do nosso trabalho, que estão cada vez mais presentes atualmente.


Considera que o investimento em competências de gestão é uma mais-valia para os profissionais de advocacia? Porquê?


Naturalmente que sim. Quando se fala em competências de gestão, estamos a falar de vários níveis de questões e de aspetos muito diferentes, a que o advogado tem de dar resposta – controlo de custos, definição de pricing, gestão de equipas, calendarização de tarefas, monitorização de prazos, comunicação com o cliente, gestão de expectativas das equipas internas e do cliente final, flexibilidade para acomodar imprevistos e solicitações adicionais, entre tantas outras. No fundo, uma variedade de dimensões que hoje fazem parte da profissão e que não são meros aspetos secundários ou laterais.


Investir nestas competências, dedicando tempo a aprender e a discutir sobre elas, a testar diferentes técnicas e modelos e a encontrar as soluções mais adequadas para cada projeto e cada cliente, pode, sem dúvida, constituir uma vantagem competitiva e diferenciadora dos advogados.

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Publicado em 
28/6/2021
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