O ano de 2020 foi conturbado e 2021 teve um início atribulado, abrindo caminho para um segundo confinamento. O atual estado de emergência e toda a conjuntura provocada pela pandemia de COVID-19 podem parecer uma catástrofe. Para dizer a verdade, a vida neste planeta pode parecer uma autêntica catástrofe. Contudo, há comportamentos diários que podemos adotar para contrariar estes pensamentos negativos.
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esde o ano passado que a COVID-19 tem vindo a sacudir a nossa “normalidade”. Dos confinamentos em casa, ao medo das transmissões, milhões de pessoas têm vivido sob a pressão do pânico. O Mindfulness pode ajudar-nos a apaziguar esta “dor mental” que sofremos e direcionar o nosso foco, para que possamos ser mais produtivos e, sobretudo, felizes.

 

Mas afinal o que é o Mindfulness?

O Mindfulness é definido frequentemente (segundo o Dr. John Kabat-Zin) como "a consciência que surge ao prestar, deliberadamente, atenção à situação atual, sem julgamento". O conceito tem origem em Vipassana, uma técnica de meditação ensinada pela primeira vez por Buda, que enfatiza a Consciência e a Equanimidade como um meio de desenvolver a Sabedoria (através da compreensão da lei da impermanência) e, assim, eliminar o sofrimento. A maioria das tradições espirituais enfatiza conceitos semelhantes: desde os primeiros pais e mães cristãos contemplativos do deserto, a dança consciente dos sufis, até os rituais disciplinados no Corão. A mentalidade resultante é encontrar felicidade em momentos não contaminados pelos nossos desejos e aversões. A gratidão segue rapidamente. E mesmo em casos de grande dor, o sofrimento mental, que geralmente acompanha e aumenta essa dor, é bastante reduzido ou mesmo totalmente dissipado.

Muitas investigações científicas em redor desta técnica carecem de rigor, mas entre as mais consistentes, várias conclusões podem ser formuladas com segurança. Foi comprovado cientificamente que a prática regular de Mindfulness traz benefícios a vários níveis, nomeadamente:

  • maior capacidade de foco;
  • melhoria na capacidade de memória;
  • capacidade de ficar mais calmo sob stress e metaconsciência;
  • "boa cidadania corporativa".

 

Uma metodologia de resolução de problemas com três etapas

O stress do quotidiano é assoberbado quando associado à sensação de estar preso em confinamento, sendo bombardeado com notícias de crise económica e social. A incerteza da durabilidade deste lockdown pode criar ainda mais ansiedade. No entanto, saiba que pode continuar a criar valor para a sua instituição empregadora e a sociedade, apoiando-se nesta metodologia de resolução de problemas em três etapas:

Etapa (i) “Enquadramento e análise do problema: temos de perguntar-nos “o que é que se passa aqui?”. Num contexto de confinamento, são muitos os benefícios de focar a nossa mente em entender quais são os problemas reais que estamos a enfrentar:

  • Já estamos infetados? Em caso afirmativo, como podemos curar-nos sem contaminar mais ninguém? Caso contrário, como podemos reduzir a probabilidade de sermos infetados, cuidando, em simultâneo, daqueles que moram connosco?
  • Que tipo de trabalho remoto podemos fazer em confinamento? Quais seriam as melhores condições para isso? Que ajustes podemos fazer a partir de agora?
  • Como podemos aproveitar ao máximo o nosso “retiro forçado” para os relacionamentos com aqueles com quem vivemos? E para o relacionamento connosco próprios?

 

Etapa ii) “Geração de ideias / hipóteses para soluções”: é aqui que a criatividade entra em ação para descobrir ideias que podem não ser tão óbvias, mas que têm um grande impacto. Em confinamento, a criatividade para encontrar soluções dentro de quatro paredes é fundamental, por exemplo, para cada uma das perguntas acima mencionadas, respetivamente:

  • Fortalecer o sistema imunitário com uma dieta saudável e criativa, exercícios regulares e uma visão geral de confiança (a relação entre o medo e um sistema imunitário enfraquecido foi já demonstrada cientificamente) é fundamental;
  • Encontrar soluções criativas para os desafios do trabalho remoto "forçado" é essencial.

 

Etapa iii) “Buy-in e implementação de soluções”: é aqui que começa a ficar mais desafiante! Fazer acontecer. Passar das ideias à ação. Com o COVID-19, isso pode significar:

  • Cozinhar refeições saudáveis e definir um horário para uma prática diária de yoga (todos os dias mesmo);
  • Contactar a empresa de telecomunicações para aumentar a velocidade do Wi-Fi, de forma a garantir maior qualidade de vídeo (e contactá-los, novamente, quando não aparecerem);
  • Conversas corajosas com aqueles com quem vivemos. Começando por agradecer a presença deles nas nossas vidas, e avançando para solicitar a sua ajuda para tornar este momento juntos mais produtivo.

 

Será que o Mindfulness pode ajudar-nos com a resolução de problemas durante o confinamento?

A resposta, inequívoca, é: sim, pode. Podemos então perguntar "Porquê" e "Como", as perguntas adicionais que este breve artigo responde. Se está convencido de que sim, comece a praticar meditação durante 10 minutos todos os dias. Para ajudá-lo, deixamos-lhe uma aula de meditação, da Professora Constança Casquinho, que pode encontrar neste LINK (o áudio encontra-se disponível exclusivamente em inglês).

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Coaching Executivo?
Publicado em 
15/1/2021
 na área de 
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