Partindo de um exemplo claro: como é que o Cristiano Ronaldo se prepara para estar sempre num elevado nível de rendimento desportivo? Como para qualquer atividade profissional, é preciso, por um lado, ter conhecimentos necessários para o exercício da função, mas também gerir todos os aspetos pessoais, físicos, emocionais e cognitivos que possam afetar a performance. Da mesma forma, um executivo só poderá concretizar e cumprir com eficácia e eficiência as suas atividades se tiver algum cuidado com estas condicionantes, pois são elas que vão suportar uma liderança de sucesso.
Partindo deste pressuposto, juntámos a melhor escola de gestão do país – a Nova SBE – e a maior organização desportiva de Portugal – a Federação Portuguesa de Futebol -, numa parceria de excelência para criar o Centro de Alto Rendimento de Liderança, com o objetivo de contribuir para que os executivos possam atingir o seu potencial e tenham mais capacidade para responderem às exigências que as atividades diárias lhes colocam. Esta formação torna-se ainda mais pertinente em tempo de pandemia, uma vez que as condições deste último ano e meio diminuíram muito a nossa resposta aos estímulos, estando também associado a estilos de vida sedentários que afetam, inevitavelmente, a performance.
O mundo empresarial e o do futebol não se vão cruzar apenas no campo metafórico, vão estar interligados durante o programa: os participantes terão aulas na Cidade do Futebol e no campus da Nova SBE.
A Federação trará toda a sua unidade de saúde e performance, que é constituída por fisiologistas de topo, nacional e mundial, pelo coordenador, que é também médico da Seleção Nacional A, o nosso nutricionista e um psicólogo que, para além de ser professor no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, é uma das maiores referências no nosso país na área de Psicologia do Futebol, tendo estado mais de 20 anos ligado à equipa profissional do Sport Lisboa e Benfica. Do lado da Nova SBE, está prevista a partilha de experiências e ensinamentos sobre liderança.
No fundo, o importante é perceber que este paralelismo entre os negócios e o futebol pode ajudar a melhorar o desempenho em ambas as atividades, e que os aspetos ligados à vida, às emoções, ao modo como se reage, prepara, recupera ou faz a gestão da fadiga pode ser decisivo na performance, no campo e em qualquer organização.
Este texto trata-se de uma republicação de uma entrevista orginalmente publicada pela PME Magazine.