Este artigo faz parte de um ciclo anual de reflexões sobre tecnologia, negócios e sustentabilidade do Nova SBE Digital Experience Lab, dedicado este mês ao Low-Code, no qual serão abordados tópicos como: como o Low-Code pode impactar as empresas, a socidade e o futuro. Junte-se a nós no dia 23 para refletir sobre o papel que os developers podem ter nos processos de transformação digital das organizações.

 Não é vulgar que os resultados de uma tese académica resultem numa aplicação móvel completamente funcional em menos de 100 dias. Por esta razão, quando falo às pessoas sobre a minha tese, perguntam-me sempre coisas como: “mas como?”, “uma app? Funciona?”, “Espera, percebes de código?” – não, não percebo. Mas não preciso. Aliás, já não é preciso.

Sabendo que a Nova SBE tem na sua oferta o Low-Code Field Lab, tornou-se claro para mim que era aqui que precisava de desenvolver a minha tese. Tenho trabalhado com soluções de No-Code nos últimos anos e ainda trabalho. Tenho construído os meus próprios projetos com soluções No-Code e como parte da VisualMakers, uma empresa para a qual trabalhei. Regularmente, dou workshops para ensinar, mas principalmente para comunicar a todos o valor das soluções No- & Low-Code.

Quando se descobre o que é possível fazer sem saber qual o programa, é como finalmente poder tirar a carta de condução. A partir desse dia, pode fazer-se tudo sozinho. É uma espécie de liberdade. É por isso que toda a gente deveria descobrir este talento escondido que talvez nem soubesse que a sua empresa tinha: o Low-Code.

O Low-Code development consegue criar aplicações com o mínimo uso de código. Para tal, os utilizadores usam uma interface gráfica (GUI) que permite que façam um drag-and-drop de vários componentes, liguem fontes de dados e desenhem fluxos de trabalho e interfaces de utilizadores. As plataformas de desenvolvimento Low-Code foram desenhadas para reduzir a quantidade de código necessária para criar uma aplicação, além de permitirem que os utilizadores criem aplicações de uma forma mais rápida e com menos recursos.

A implementação de Low-Code em qualquer empresa – desde que feita corretamente – traz muitos benefícios. Aqui fica o meu top três:

1.     Aumento de eficiência – as plataformas Low-Code foram desenhadas para reduzir a fricção e o tempo despendido na construção de aplicações e funcionalidades dentro das mesmas. Se é necessário menos tempo para criar uma nova aplicação, é mais rápido testá-la. Graças à redução de complexidade e à otimização de resolução de bugs, também vai permitir poupar os developers para que possam fazer outras coisas. Assim, é possível fazer mais com menos pessoas e tempo.

2.     Redução dos custos: tempo é dinheiro. Ao permitir que a base de teste seja mais rápida, o Low-Code ajuda a reduzir os riscos financeiros associados às experiências. Além disso, a mesma equipa de developers pode criar mais sem ter de trabalhar mais. Isto ajuda a poupar recursos na hora de contratar mais developers.

3.     Melhor colaboração: Um das coisas boas do Low-Code é o facto de não incluir apenas developers. Graças à sua simplicidade, outras pessoas na empresa podem perceber sobre o tema, colaborar através do mesmo e, até, construir a partir daí. Permite aos developers falarem a mesma língua.

 

Claro – não acaba aqui. O Low-Code permite que se adapte caso hajam novos requisitos e ambientes mutáveis e flexíveis, ajuda a escalar as suas aplicações, reduz a manutenção do legado do código e muito mais.

Se o Low-Code nos permitiu criar uma aplicação móvel complexa em menos de 100 dias, imagine o que poderia permitir que a sua organização atingisse.

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Publicado em 
15/2/2023
 na área de 
Digital & Tecnologia

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