No final do mês passado, centenas de líderes mundiais nas áreas de dados e tecnologia participaram na conferência anual "Gartner Data & Analytics Summit 2023", em Londres, durante três dias. Com mais de 60 diferentes momentos, entre talks, painéis e workshops, apresentados por vários representantes da indústria e peritos da Gartner, o evento incluiu um leque considerável de temas, desde Estratégia de Inteligência Artificial (IA), Qualidade de Dados, Modelo de Governo de Dados, Utilização Responsável de Dados, Arquitetura de Dados, o Papel do CDAO (Chief Data & Analytics Officer), Dados Sintéticos, Ecossistemas de Dados, entre vários outros conceitos.

A Gartner é uma empresa de consultoria e investigação, com sede nos Estados Unidos, reconhecida mundialmente pelos seus "Quadrantes Mágicos" - um conjunto de relatórios e avaliações amplamente utilizados por empresas para tomar decisões estratégicas, escolher parceiros de negócio e avaliar as melhores soluções tecnológicas disponíveis no mercado.

O evento contava ainda com uma feira de exposições com cerca de 100 empresas, onde se encontravam naturalmente as maiores e amplamente conhecidas - Amazon, IBM, Microsoft,... - mas também players mais recentes e mais focados em desafios que apenas ganharam escala nos últimos anos, como a Prodago, a Informatica, a Attacama ou a Apgar, focadas na governança, na qualidade ou na gestão e catalogação de dados.

Estes dias permitiram-nos mergulhar no futuro e agitar ainda mais o presente, através das várias previsões partilhadas pelos peritos da Gartner, em diferentes áreas:

  • Até 2024, o uso de dados sintéticos e transfer learning reduzirão para metade o volume de dados reais necessários para a utilização de Machine Learning
  • Até 2025, 30% das mensagens de outbound marketing de grandes empresas serão geradas sinteticamente
  • Até 2025, 70% das novas aplicações desenvolvidas internamente irão incorporar modelos baseados em IA ou Machine Learning (ML)
  • Até 2025, os dados sintéticos irão reduzir a recolha de dados pessoais de clientes, evitando 70% de sanções por violação de privacidade
  • Até 2025, a IA generativa (ex.: ChatGPT) será responsável por 10% de todos os dados produzidos, sendo hoje menos que 1%
  • Até 2026, 5% dos trabalhadores utilizarão IA, de forma rotineira e contra a vontade do empregador, para concluírem as suas tarefas
  • Até 2026, 20% das principais equipas de ciência de dados terá alterado o seu nome para Ciência Cognitiva ou Consultoria Científica, aumentando a diversidade nas competências das suas pessoas em 800%
  • Até 2026, mais de 25% dos CDAOs da Fortune 500 será responsável por pelo menos um produto baseado em DA que se tenha tornado um sucesso
  • Até 2027, 30% dos fabricantes estarão a usar IA generativa para aumentar a eficiência no desenvolvimento dos seus produtos
  • Até 2027, 80% dos profissionais de marketing irão estabelecer uma função dedicada à avaliação da autenticidade dos conteúdos, de forma a combater a desinformação e materiais falsos

A única certeza de momento é a de que vivemos um inegável ponto de viragem tecnológico. Apesar de ser um desafio hercúleo o de liderar com tanta incerteza e disrupção, é fundamental aceitar depressa esta realidade e acompanhá-la de perto, de forma a suavizar os desafios e a lograr com as oportunidades.

Este artigo trata-se de uma republicação de um artigo de opinião publicado no Dinheiro Vivo - Leia o original aqui.

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Publicado em 
18/7/2023
 na área de 
Digital & Tecnologia

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