Nadim Habib: “Temos de construir organizações mais adaptativas, ágeis e resilientes”

Tendo em conta a inconstância do mundo, são precisos líderes que sejam capazes de construir organizações resilientes e adaptativas para lidar com as grandes mudanças. Quem o garante é Nadim Habib, Professor na Nova SBE e consultor internacional nas áreas de estratégia, inovação e criatividade. Mas será que um bom líder consegue criar empresas “à prova de futuro”?

“A questão não é se é possível, a questão é que não há opção. A realidade é que hoje as mudanças são o principal desafio de qualquer organização, por isso, temos de perceber que é preciso construir organizações mais adaptativas, mais ágeis e mais resilientes. E isto é o quê? É uma organização capaz de se adaptar autonomamente às mudanças”, começou por explicar o professor.

O papel do líder também tem mudado com a inconstância do mundo e, se “há 20 anos falávamos de líderes como construtores de equipas”, agora “são construtores de organizações”.

“Muitas vezes chamamos a uma empresa uma organização e achamos que é a mesma coisa, mas eu gosto de separar as duas coisas. A parte da empresa é a parte mais fácil: negócio, preço, produto, etc. O difícil é construir uma organização capaz de entregar o potencial do negócio. E aí vem o papel do líder”, afirmou, acrescentando que deve virar as suas “atenções para construir equipas capazes de vencer em qualquer futuro. Em vez de preparar e planear, tem de construir a organização, para que seja capaz de lidar com todos os desafios”.

Para Nadim Habib, o líder atualmente tem de ser “visionário” e definir os próximos dois ou três anos, por isso “um líder hoje tem de ter maior capacidade de pensamento estratégico e, ao mesmo tempo, ser capaz de motivar a organização a chegar lá. O seu papel é inspirar e apoiar neste processo, assumindo a responsabilidade de entregar resultados”.

A Nova School of Business & Economics criou o programa Liderança, Agilidade e Adaptabilidade, “para ajudar líderes de equipas, de projetos e de organizações a gerir melhor o talento, para que as empresas se tornem mais adaptativas, mais ágeis e, de uma certa forma, para melhorar a produtividade e os resultados em tempos de mudança”.